segunda-feira, 6 de maio de 2013

Entendendo o relacionamento com Deus




Dos vários tipos de relacionamento que Deus poderia ter com as pessoas preferiu ser um pai, um pai amoroso. Ele poderia se relacionar conosco como o Todo Poderoso, aquele que tem o poder, fazendo amostras com sinais e maravilhas diante de nós, e assim o respeitaríamos pelo seu poder. Ele poderia se relacionar conosco como o Deus onipresente, aquele que está em todos os lugares,  e se fizéssemos algo errado, Ele falaria: “Opa! Tô aqui presente!”. Ele poderia se relacionar conosco como o Deus que tudo sabe, e no meu momento de oração, Ele já diria: “Eu sei!”. Ele poderia se relacionar comigo sem se importar com as minhas palavras, pois, antes que a palavra me chegue a boca, Deus já sabia o que eu iria dizer. Ele poderia fazer assim... mas não quis.


Quando Deus estava no Jardim do Éden com Adão, Ele não aparecia em raios e trovões e nem com a aparência de poder e glória, mas se apresentava como um amigo que se aproxima, senta e conversa. Todo final de tarde, Deus aparecia para ouvir as descobertas de Adão, sem dizer: “Eu já sei disso Adão, eu criei isso!”, mas gostava de escutar a conversa de Adão, e quão agradável era para a criação estar perto do criador, chegando como a brisa do dia, tomando aquele ambiente com uma sensação de paz e de conforto. É similar ao nosso quarto de oração,  que quando nos dobramos para orar, entra uma brisa do dia e uma atmosfera de paz e conforto que penetra o ambiente. A Pra Neusa Itioka tem uma teoria não bíblica que eu considero muito: “Adão por não ter pecados, ele tinha visão espiritual e por isso era capaz de ver a Deus, ouvir a Deus, sentir o cheiro de Deus.”, se nós não tivéssemos em nosso histórico o pecado, poderíamos ouvir os passos de Deus entrando em nosso quarto em nossos momentos de oração, poderíamos ver Ele se aproximando de nós. Deus não entra em nosso quarto como o Todo Poderoso, Deus não entra em nosso quarto como Aquele que tudo sabe, Deus não entra em nosso quarto como Aquele que esta presente em todos os lugares, Ele entra como um Pai, parecendo que somente está lá e nenhum mais lugar.


Deus nos dá a experiência de conhecê-lo, no livro do profeta Jeremias é dito “Eu me deixarei ser encontrado por vocês”, ser entendido, ser compreendido, entender seus pensamentos e sua personalidade, conhecer o ser ético, moral, a sua natureza de amor e de misericórdia. Deus não pode se negar, tem uma natureza de fidelidade, que permanece fiel mesmo diante da nossa infidelidade. Deus tem na sua essência amor e misericórdia, tem a justiça e é imutável. Deus não diminui poder e não aumenta poder, Deus é constante em tudo e em seu ser. 


No livro do profeta Jonas, Deus envia o profeta com uma mensagem ao povo de Nínive.  O Profeta por conhecer o povo e conhecer a mensagem de juízo que Deus propõe, decide em fugir, fugir não do povo que era curel, mas fugir do ato de perdão de Deus para aquele povo. O que Jonas temia não era o povo, Jonas era profeta, o medo dele era Deus perdoar o povo. O que Jonas queria é que aquele povo não tivesse a oportunidade de se arrepender, um povo cruel e sanguinário. Na fuga, o profeta acaba sendo engolido por um grande peixe, e Jonas na barriga do peixe, onde a maioria das pessoas desistiriam, ele orou e conseguiu sair de lá vivo. A grande façanha do profeta, não for ser engolido por um grande peixe e se expelido depois, o grande ato de Jonas foi lembrar da misericórdia de Deus dentro do peixe, em uma situação de morte, em uma situação que ninguém lutaria mais por sua vida, ele se lembra de Deus e decide orar pedindo misericórdia da sua vida.  Jonas lembra que Deus é misericordioso e compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mas depois se arrepende. Orar dentro de um peixe é inusitado, e a resposta de Deus é mais inusitado ainda, o peixe regurgita o profeta. Jonas vai finalmente pra Nínive, leva a mensagem e o povo se arrepende, e Deus não destrói a grande cidade de Nínive, para a não surpresa de Jonas. A grande proeza de Jonas é lembrar independente da situação quem é Deus. Independente da tarefa, independente do contexto, independente do que ouviu recentemente, independente do que os seus olhos virão, independente de quem receberá a palavra, lembre-se de quem é Deus e a sua natureza misericordiosa.

Deus faz relacionamentos consistentes, sólidos, que não se abalam por um dia mal, por qualquer palavra, por um sentimento, um relacionamento baseado na confiança. O relacionamento iniciado com um sopro de vida, não deve terminar com um sopro e nem por uma tempestade. Relacionamentos baseados na fé. A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. A fé é a certeza que mesmo não vendo Deus, Ele existe. Nos é necessário os momentos de fé, os momentos que não sentimos nada, não temos nenhum norte, mas sabemos que Deus é bom e Ele continua perto. O nosso relacionamento com Ele não acabará, por um simples pecado, por um dia ruim, por faltar em uma reunião, esse relacionamento é sólido, é consistente, é pela fé. Deus está a uma oração de distancia de cada um de nós, o perdão de Deus está a uma oração de arrependimento.


Naquela ocasião Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no Jordão. Assim que saiu da água, Jesus viu os céus se abrindo, e o Espírito descendo como pomba sobre ele. Então veio dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho amado; em ti me agrado". Logo após, o Espírito o impeliu para o deserto. Ali esteve quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com os animais selvagens, e os anjos o serviam. (Marcos 1:9-13)


Jesus está em uma situação nova para Ele, foi batizado nas aguas do Jordão por João Batista e ficou cheio do Espírito, ouviu uma voz que dizia: “Esse é o meu filho amado” e logo em seguida foi levado para o deserto, para ser tentado por 40 dias. Similarmente igual a Adão e Eva, Jesus foi levado a um local sem humanidade, para ser tentado. Jesus foi abençoado, ouviu promessas de Deus e logo depois é levado para ser tentado. Adão após ter recebido Eva, foi tentado. Jesus após ser batizado e ter ouvido a voz de Deus, foi tentado. O diabo é o selecionado em tacar lama em nosso relacionamento com Deus, quando Deus fala conosco, ele vem em seguida para destruir o relacionamento. O diabo é o sem amigo, o diabo é o infeliz e sozinho que não consegue estabelecer relacionamentos, e quer que os outros não tenham.  O diabo destrói relacionamentos, coloca marido contra mulher, amigo contra amigo, irmão contra irmão, pessoas contra Deus.


O diabo trabalha com a indução, ele tenta induzir pessoas ao erro. Ele questiona se você é filho de Deus, se realmente tem um relacionamento com Ele. Ele questiona: porque Deus não falou contigo hoje. Ele afirma que você tem muitos pecado e Deus não te ama.


Temos que ser como Jonas, em todo tempo lembrar que: Deus é misericordioso e compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mais depois se arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o seu perdão. Deus prefere perdoar. Nada pode fazer o amor de Deus acabar por mim.

Deus não pode se negar, Deus não pode ser infiel. Deus não deixa de amar, Deus não abandona um filho.


"Será que uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você! (Isaías 49:15)


A tarefa do diabo é induzir ao erro, na oração do pai nosso, é dito: “não me deixeis cair em tentação”, mas na nota de rodapé, tem uma versão que é dita: “não me deixeis ser induzir ao pecado”. O diabo quer induzir ao erro. Quem peca somos nós, mas a tarefa do diabo é induzir ao erro. O pecado é o mau desejo concebido, o diabo viabiliza esse mau desejo, ele trás a lembrança o mau desejo. O mau pensamento, quando se dá vazão a ele, é concebido, e vira um pecado. Todos tem pensamentos maus, o segredo é não deixar dominar. Deus falou com Caim: “o pecado está à porta, cabe a você dominar”. 


O diabo tentou induzir Jesus ao erro, ao pensamento errado sobre Deus com uma visão distorcida do que realmente é verdade. Deus deu promessas a Jesus nesse tempo. Deus nos dá promessas através de visões e palavras de revelação. Uma promessa é uma visão futura de um processo, é o resultado final, a reta final, mas a trajetória para isso, nós não conhecemos. Nos é revelado como será o final da historia, mas o meio não. O processo é cheio de tribulações, de problemas e de dificuldades, mas no final tudo dará certo. Deus, o Espírito Santo e nem ninguém avisou a Jesus, que Ele iria passar por isso no deserto, foi dito que seria somente um jejum, não foi explicado que seria 40 dias de jejum sendo tentado diariamente. Na promessa de Jesus não falada de um deserto, só tinha um resultado final: “aquele que tira o pecado do mundo”. Durante a trajetória, foi se revelando a promessa. Jesus sabia a partir de certo ponto, que seria crucificado, porque leu o livro de Isaias, então conheceu em teoria o iria acontecer. Mas mesmo sabendo em teoria o que viria acontecer, preferiu confiar em Deus e se lembrar de Jonas que dizia: Deus é misericordioso e compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mais depois se arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o seu perdão. Deus prefere perdoar. Nada pode fazer o amor de Deus acabar por mim. 


Independente das vozes e pensamentos que surgem no deserto, Jesus prefere acreditar em um Deus misericordioso e pai, alguém que aprendeu a confiar, e não é um dia mal, uma semana mal, que vai fazer deixar de acreditar na bondade infinita de Deus.


É como o profeta Habacuque que não consegue achar a justiça de Deus no que vê, ouve e nos fatos que surgem ao seu redor, não consegue identificar Deus em seu tempo, mas ainda diz: Ainda que a figueira não floresça, não tenha fruto na vide, a oliveira minta, me alegrarei no Deus da minha salvação.


Deus não muda, Deus decidiu amar, Deus está sempre á uma oração de distancia de cada um de nós.


Deus é misericordioso e compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mais depois se arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o seu perdão. Deus prefere perdoar. Nada pode fazer o amor de Deus acabar por mim.


Deus decidiu se relacionar com um pai, mas no livro de Malaquias é dito: “Um pai para os filhos que o obedecem”. Ele é pai, mas devemos agir como filhos, filhos obedientes. No livro do profeta Ageu é dito : “sopro os seus resultados”, “esperam muito e vem pouco” e “o dinheiro é posto em bolso furado”, tudo isso por uma causa, não tratam a templo de Deus tão bem quanto a própria casa de cada um. Nesse relacionamento, devemos cuidar do corpo de Deus, semelhantemente como Ele cuida da nossa vida e da nossa casa. Não pela obrigação, mas pelo relacionamento que temos com Ele.


Se relacione com Deus como um filho obediente, e terá sempre um pai atencioso em sua vida.


Deus é misericordioso e compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mais depois se arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o seu perdão. Deus prefere perdoar. Nada pode fazer o amor de Deus acabar por mim.