Dos vários tipos de
relacionamento que Deus poderia ter com as pessoas preferiu ser um pai, um pai
amoroso. Ele poderia se relacionar conosco como o Todo Poderoso, aquele que tem
o poder, fazendo amostras com sinais e maravilhas diante de nós, e assim o
respeitaríamos pelo seu poder. Ele poderia se relacionar conosco como o Deus
onipresente, aquele que está em todos os lugares, e se fizéssemos algo errado, Ele falaria: “Opa!
Tô aqui presente!”. Ele poderia se relacionar conosco como o Deus que tudo
sabe, e no meu momento de oração, Ele já diria: “Eu sei!”. Ele poderia se
relacionar comigo sem se importar com as minhas palavras, pois, antes que a
palavra me chegue a boca, Deus já sabia o que eu iria dizer. Ele poderia fazer
assim... mas não quis.
Quando Deus estava no
Jardim do Éden com Adão, Ele não aparecia em raios e trovões e nem com a
aparência de poder e glória, mas se apresentava como um amigo que se aproxima,
senta e conversa. Todo final de tarde, Deus aparecia para ouvir as descobertas
de Adão, sem dizer: “Eu já sei disso Adão, eu criei isso!”, mas gostava de
escutar a conversa de Adão, e quão agradável era para a criação estar perto do
criador, chegando como a brisa do dia, tomando aquele ambiente com uma sensação
de paz e de conforto. É similar ao nosso quarto de oração, que quando nos dobramos para orar, entra uma
brisa do dia e uma atmosfera de paz e conforto que penetra o ambiente. A Pra
Neusa Itioka tem uma teoria não bíblica que eu considero muito: “Adão por não
ter pecados, ele tinha visão espiritual e por isso era capaz de ver a Deus,
ouvir a Deus, sentir o cheiro de Deus.”, se nós não tivéssemos em nosso
histórico o pecado, poderíamos ouvir os passos de Deus entrando em nosso quarto
em nossos momentos de oração, poderíamos ver Ele se aproximando de nós. Deus
não entra em nosso quarto como o Todo Poderoso, Deus não entra em nosso quarto
como Aquele que tudo sabe, Deus não entra em nosso quarto como Aquele que esta
presente em todos os lugares, Ele entra como um Pai, parecendo que somente está
lá e nenhum mais lugar.
Deus nos dá a experiência
de conhecê-lo, no livro do profeta Jeremias é dito “Eu me deixarei ser
encontrado por vocês”, ser entendido, ser compreendido, entender seus
pensamentos e sua personalidade, conhecer o ser ético, moral, a sua natureza de
amor e de misericórdia. Deus não pode se negar, tem uma natureza de fidelidade,
que permanece fiel mesmo diante da nossa infidelidade. Deus tem na sua essência
amor e misericórdia, tem a justiça e é imutável. Deus não diminui poder e não
aumenta poder, Deus é constante em tudo e em seu ser.
No livro do profeta
Jonas, Deus envia o profeta com uma mensagem ao povo de Nínive. O Profeta por conhecer o povo e conhecer a
mensagem de juízo que Deus propõe, decide em fugir, fugir não do povo que era curel,
mas fugir do ato de perdão de Deus para aquele povo. O que Jonas temia não era
o povo, Jonas era profeta, o medo dele era Deus perdoar o povo. O que Jonas
queria é que aquele povo não tivesse a oportunidade de se arrepender, um povo
cruel e sanguinário. Na fuga, o profeta acaba sendo engolido por um grande
peixe, e Jonas na barriga do peixe, onde a maioria das pessoas desistiriam, ele
orou e conseguiu sair de lá vivo. A grande façanha do profeta, não for ser
engolido por um grande peixe e se expelido depois, o grande ato de Jonas foi
lembrar da misericórdia de Deus dentro do peixe, em uma situação de morte, em
uma situação que ninguém lutaria mais por sua vida, ele se lembra de Deus e
decide orar pedindo misericórdia da sua vida. Jonas lembra que Deus é misericordioso e
compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mas depois se
arrepende. Orar dentro de um peixe é inusitado, e a resposta de Deus é mais
inusitado ainda, o peixe regurgita o profeta. Jonas vai finalmente pra Nínive,
leva a mensagem e o povo se arrepende, e Deus não destrói a grande cidade de
Nínive, para a não surpresa de Jonas. A grande proeza de Jonas é lembrar
independente da situação quem é Deus. Independente da tarefa, independente do
contexto, independente do que ouviu recentemente, independente do que os seus
olhos virão, independente de quem receberá a palavra, lembre-se de quem é Deus
e a sua natureza misericordiosa.
Deus faz relacionamentos
consistentes, sólidos, que não se abalam por um dia mal, por qualquer palavra,
por um sentimento, um relacionamento baseado na confiança. O relacionamento
iniciado com um sopro de vida, não deve terminar com um sopro e nem por uma tempestade.
Relacionamentos baseados na fé. A fé é a certeza daquilo que esperamos e a
prova das coisas que não vemos. A fé é a certeza que mesmo não vendo Deus, Ele
existe. Nos é necessário os momentos de fé, os momentos que não sentimos nada,
não temos nenhum norte, mas sabemos que Deus é bom e Ele continua perto. O nosso
relacionamento com Ele não acabará, por um simples pecado, por um dia ruim, por
faltar em uma reunião, esse relacionamento é sólido, é consistente, é pela fé.
Deus está a uma oração de distancia de cada um de nós, o perdão de Deus está a
uma oração de arrependimento.
Naquela
ocasião Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no Jordão.
Assim que saiu da água, Jesus viu os céus se abrindo, e o Espírito descendo
como pomba sobre ele. Então veio dos céus uma voz: "Tu és o meu Filho
amado; em ti me agrado". Logo após, o Espírito o impeliu para o deserto.
Ali esteve quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com os animais
selvagens, e os anjos o serviam. (Marcos 1:9-13)
Jesus está em uma
situação nova para Ele, foi batizado nas aguas do Jordão por João Batista e ficou
cheio do Espírito, ouviu uma voz que dizia: “Esse é o meu filho amado” e logo
em seguida foi levado para o deserto, para ser tentado por 40 dias.
Similarmente igual a Adão e Eva, Jesus foi levado a um local sem humanidade,
para ser tentado. Jesus foi abençoado, ouviu promessas de Deus e logo depois é
levado para ser tentado. Adão após ter recebido Eva, foi tentado. Jesus após
ser batizado e ter ouvido a voz de Deus, foi tentado. O diabo é o selecionado
em tacar lama em nosso relacionamento com Deus, quando Deus fala conosco, ele
vem em seguida para destruir o relacionamento. O diabo é o sem amigo, o diabo é
o infeliz e sozinho que não consegue estabelecer relacionamentos, e quer que os
outros não tenham. O diabo destrói
relacionamentos, coloca marido contra mulher, amigo contra amigo, irmão contra
irmão, pessoas contra Deus.
O diabo trabalha com a
indução, ele tenta induzir pessoas ao erro. Ele questiona se você é filho de
Deus, se realmente tem um relacionamento com Ele. Ele questiona: porque Deus
não falou contigo hoje. Ele afirma que você tem muitos pecado e Deus não te
ama.
Temos que ser como Jonas,
em todo tempo lembrar que: Deus é misericordioso
e compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mais depois se
arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o seu perdão. Deus prefere perdoar.
Nada pode fazer o amor de Deus acabar por mim.
Deus não pode se negar,
Deus não pode ser infiel. Deus não deixa de amar, Deus não abandona um filho.
"Será que
uma mãe pode esquecer do seu bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho
que gerou? Embora ela possa se esquecer, eu não me esquecerei de você! (Isaías
49:15)
A tarefa do diabo é induzir
ao erro, na oração do pai nosso, é dito: “não me deixeis cair em tentação”, mas
na nota de rodapé, tem uma versão que é dita: “não me deixeis ser induzir ao
pecado”. O diabo quer induzir ao erro. Quem peca somos nós, mas a tarefa do
diabo é induzir ao erro. O pecado é o mau desejo concebido, o diabo viabiliza
esse mau desejo, ele trás a lembrança o mau desejo. O mau pensamento, quando se
dá vazão a ele, é concebido, e vira um pecado. Todos tem pensamentos maus, o
segredo é não deixar dominar. Deus falou com Caim: “o pecado está à porta, cabe
a você dominar”.
O diabo tentou induzir
Jesus ao erro, ao pensamento errado sobre Deus com uma visão distorcida do que
realmente é verdade. Deus deu promessas a Jesus nesse tempo. Deus nos dá
promessas através de visões e palavras de revelação. Uma promessa é uma visão
futura de um processo, é o resultado final, a reta final, mas a trajetória para
isso, nós não conhecemos. Nos é revelado como será o final da historia, mas o
meio não. O processo é cheio de tribulações, de problemas e de dificuldades,
mas no final tudo dará certo. Deus, o Espírito Santo e nem ninguém avisou a
Jesus, que Ele iria passar por isso no deserto, foi dito que seria somente um
jejum, não foi explicado que seria 40 dias de jejum sendo tentado diariamente.
Na promessa de Jesus não falada de um deserto, só tinha um resultado final: “aquele
que tira o pecado do mundo”. Durante a trajetória, foi se revelando a promessa.
Jesus sabia a partir de certo ponto, que seria crucificado, porque leu o livro
de Isaias, então conheceu em teoria o iria acontecer. Mas mesmo sabendo em
teoria o que viria acontecer, preferiu confiar em Deus e se lembrar de Jonas
que dizia: Deus é misericordioso e
compassivo, cheio de amor, paciente, que promete castigar mais depois se
arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o seu perdão. Deus prefere perdoar.
Nada pode fazer o amor de Deus acabar por mim.
Independente das vozes e
pensamentos que surgem no deserto, Jesus prefere acreditar em um Deus
misericordioso e pai, alguém que aprendeu a confiar, e não é um dia mal, uma
semana mal, que vai fazer deixar de acreditar na bondade infinita de Deus.
É como o profeta Habacuque
que não consegue achar a justiça de Deus no que vê, ouve e nos fatos que surgem
ao seu redor, não consegue identificar Deus em seu tempo, mas ainda diz: Ainda que a figueira não floresça, não
tenha fruto na vide, a oliveira minta, me alegrarei no Deus da minha salvação.
Deus não muda, Deus
decidiu amar, Deus está sempre á uma oração de distancia de cada um de nós.
Deus é misericordioso e compassivo, cheio de amor, paciente, que
promete castigar mais depois se arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o
seu perdão. Deus prefere perdoar. Nada pode fazer o amor de Deus acabar por
mim.
Deus decidiu se
relacionar com um pai, mas no livro de Malaquias é dito: “Um pai para os filhos
que o obedecem”. Ele é pai, mas devemos agir como filhos, filhos obedientes. No
livro do profeta Ageu é dito : “sopro os seus resultados”, “esperam muito e vem
pouco” e “o dinheiro é posto em bolso furado”, tudo isso por uma causa, não
tratam a templo de Deus tão bem quanto a própria casa de cada um. Nesse
relacionamento, devemos cuidar do corpo de Deus, semelhantemente como Ele cuida
da nossa vida e da nossa casa. Não pela obrigação, mas pelo relacionamento que
temos com Ele.
Se relacione com Deus
como um filho obediente, e terá sempre um pai atencioso em sua vida.
Deus é misericordioso e compassivo, cheio de amor, paciente, que
promete castigar mais depois se arrepende. Que se eu me arrepender, alcanço o
seu perdão. Deus prefere perdoar. Nada pode fazer o amor de Deus acabar por
mim.